Salvador Blopa, Flávio Gonçalves, Rayan Lucas, Chris Grombahi e João Muniz. Rui Borges aproveitou os quartos de final da Taça da Liga para estrear cinco jovens da formação na equipa principal e lucrou com dois golos, uma assistência e uma goleada, confirmando que tem um plantel bem mais vasto e disponível do que se pode pensar. No fim, o Sporting venceu o Alverca e está na final four pela nona temporada consecutiva.
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Os leões alcançaram a terceira vitória consecutiva, depois de terem derrotado Marselha e Tondela, e responderam da melhor maneira a um calendário sobrecarregado em que jogaram há 48 horas e voltam a jogar na sexta-feira — e novamente contra o Alverca. Rui Borges geriu, não levou nenhum dos titulares de domingo para a convocatória e ganhou a aposta com os jovens e os jogadores menos utilizados, beneficiando ainda de exibições muito competentes de Geovany Quenda, Ioannidis ou Morita.
O Sporting não marcava cinco ou mais golos desde a goleada contra o Arouca no Campeonato e Rui Borges, depois do apito final, era naturalmente um homem satisfeito. “Um grande jogo de toda a gente. Vê-se bem que estão todos ligados, todos querem jogar. Cada um percebe o que tem de fazer, a sua tarefa. A malta da equipa principal deu uma resposta fantástica nesse sentido, todos muito ligados, todos muito disponíveis. Vê-se bem que a energia é coletiva. Não só da malta que joga mais como desta que tem menos minutos. Os miúdos é mérito deles e quero também enaltecer o papel do mister [João] Gião pelo trabalho da equipa B. Os miúdos têm crescido imenso, não é por acaso que estão em primeiro lugar na Segunda Liga. Estão cada vez mais maduros, competitivos. É mérito deles, do trabalho no seu dia a dia. Estão à espera de uma oportunidade para a equipa principal e todos corresponderam da melhor forma”, começou por dizer, explicando depois a gestão que teve de fazer.
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“Para mim não era problema, porque era impossível meter a malta que jogou em Tondela aqui. Não somos robôs ou máquinas, somos seres humanos, e o risco de lesão era enormíssimo. Estava fora de questão serem solução para hoje. Em momento algum me senti com problemas. O meu dia a dia é feliz na Academia. E percebo muito bem a energia e fome desta equipa. E por isso estou feliz pela resposta de todos eles”, acrescentou.
Mais à frente, Rui Borges não entrou em euforias com a exibição de Salvador Blopa, que bisou no dia de estreia. “Por ele e todos. Não ganhou nada. Apenas um jogo, uma oportunidade. E todos aproveitaram muito bem. É continuar o trabalho deles, com seriedade no dia a dia, na equipa B. Porque não podem colocar-se em bicos de pés só porque se estrearam na equipa principal. A equipa ganhou e com fulgor… É manterem-se focados, humildes e continuar a trabalhar sérios. Continuar o seu crescimento na equipa B. Para depois dar resposta aqui, que foi o que deram todos”, concluiu, respondendo “qualquer adversário” quando questionado sobre se prefere encontrar V. Guimarães ou FC Porto na meia-final da Taça da Liga.
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Já o próprio Salvador Blopa, que foi eleito o melhor jogador em campo, comentou a noite inesquecível que tinha acabado de viver. “Sempre acreditei nos meus sonhos, nunca pensei que este chegasse tão cedo. Muito feliz por estes dois golos, pela estreia, mas sobretudo pela confiança que os misteres têm depositado em mim, em nós. Somos uma formação muito forte, de classe mundial, muito evoluída. É muito importante esta atenção que nos é dada e as oportunidades que surgem na equipa principal. Somos jovens, temos muito para evoluir. Não sei se correspondi às expectativas, vou continuar a trabalhar para estar preparado se voltar a ser chamado”, disse o ala de apenas 18 anos que é internacional Sub-19 por Portugal.
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