A Bosch de Braga vai entrar em ‘lay-off’, a partir de novembro e “até presumivelmente” abril de 2026, uma decisão que vai afetar 2.500 trabalhadores, devido à escassez de componentes para peças eletrónicas, anunciou a empresa esta terça-feira.
“Devido à escassez de componentes para peças eletrónicas e as recorrentes interrupções na produção, o mecanismo de ‘lay-off’ estabelecido no Código de Trabalho entra em vigor a partir do início de novembro até, presumivelmente, ao final de abril de 2026”, indicou a empresa em comunicado. Neste sentido, continua a empresa, “cerca de 2.500 colaboradores serão afetados pela suspensão dos contratos de trabalho e/ou redução de horas de trabalho“.
O ‘lay-off’ consiste na redução temporária dos períodos normais de trabalho ou suspensão dos contratos de trabalho efetuada por iniciativa das empresas, durante um determinado tempo, devido a motivos de mercado, motivos estruturais ou tecnológicos ou catástrofes ou outras ocorrências que tenham afetado gravemente a atividade normal da empresa.
Na mesma nota, a empresa diz que as suas “equipas de especialistas estão em contato próximo com a Nexperia, um dos nossos fornecedores de componentes eletrónicos, assim como com os clientes afetados e outros fornecedores e subfornecedores”. E garante estar a “fazer tudo para atender os nossos clientes e evitar ou minimizar restrições de produção”. Como por exemplo “utilizar fontes alternativas de fornecimento, a otimizar os níveis de stock na nossa rede global de produção ou a processar alternativas técnicas”.
A Bosch diz que “mantém a sua prontidão de produção nas áreas afetadas para poder produzir de forma flexível e rápida assim que os componentes eletrónicos chegarem” e sublinha que “assim que este problema for resolvido, a produção em Braga deverá regressar à normalidade”.