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Charlie Kirk. O aliado de Trump que tornou o conservadorismo "fixe" nos Estados Unidos

Começou como libertário, juntou-se a Trump em 2016 e nunca mais o abandonou. Combativo e provocador, Charlie Kirk era um dos maiores aliados do Presidente e ajudou a levar o trumpismo aos mais jovens.

José Carlos Duarte
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Charlie Kirk estava a terminar o ensino secundário. Em 2012, o jovem de 18 anos da área de Chicago escreveu um artigo de opinião para o jornal online conservador Breitbart em que se queixava do “viés liberal” dos manuais escolares. “As nossas salas de aulas estão lentamente a tornar-se locais de doutrinação do liberalismo e da igualdade”, denunciava o estudante de uma escola de Illinois, a cidade em que também nasceu o Presidente à altura, Barack Obama. Esse artigo ganhou grande visibilidade e Charlie Kirk até foi convidado para comentar na Fox News, canal no qual se tornou nos últimos anos presença assídua.

Desde adolescente que Charlie Kirk sempre se identificou como sendo de direita, mas cresceu num ambiente à esquerda. Na escola, indiferente às críticas de ser o “tipo maluco da política”, não tinha medo de atacar os professores — alguns dos quais que denunciava como “neo-marxistas” — e elogiava o seu ídolo político da altura: Ronald Reagan. No início, o jovem poderia ser considerado um libertário: defendia as ideias de livre mercado de Milton Friedman e a 2.ª Emenda da Constituição, que estabelece o direito dos norte-americanos ao porte de armas.

O jovem manteve a combatividade e o gosto por debater, mas deixou para trás essas ideias políticas libertárias, ao mesmo tempo que ganhou uma grande visibilidade. Em 2025, Charlie Kirk era uma das principais figuras do nacional conservadorismo nos Estados Unidos da América (EUA), construído à volta da imagem do atual Presidente norte-americano, Donald Trump.

Charlie Kirk era um fenómeno nas redes sociais. Tinha milhões de subscritores jovens, tinha um podcast diário de três horas e organizava debates em universidades através da Turning Point USA, a organização que fundou aos 18 anos e que o levou para a ribalta da política dos EUA. Foi precisamente durante um debate com estudantes na Universidade de Utah Valley que foi morto a tiro esta quarta-feira. À hora de publicação deste artigo, o suspeito continuava em fuga.

Após a morte, o Presidente norte-americano não poupou elogios ao ativista político: “Grande, até lendário”. “Ninguém entendia melhor o coração da juventude dos Estados Unidos da América do que o Charlie. Era amado e admirado por toda a gente, especialmente por mim”. Não foi apenas Donald Trump quem lhe prestou homenagem. Praticamente todas as vozes do movimento Make America Great Again (MAGA) expressaram a dor e revolta que sentiram pela morte do homem que tornou novamente o conservadorismo “fixe” nos EUA.

O jovem que odiava Obama e que adorava provocar os colegas

O pai era arquiteto e também vendia casas, a mãe era psicóloga. Apesar do fascínio que sempre sentiu por política, Charlie Kirk não nasceu num ambiente politizado. “Ele era um pouco diferente”, reconheceu o pai, Robert Kirk, numa entrevista em 2013. “Sempre foi bastante perspicaz em relação ao que acontecia ao seu redor e sempre foi o melhor a fazer perguntas. Conseguia sempre entender melhor o que estava a acontecer do que uma criança comum.”

"Ele sempre foi bastante perspicaz em relação ao que acontecia ao seu redor e sempre foi o melhor a fazer perguntas. Conseguia sempre entender melhor o que estava a acontecer do que uma criança comum."
Robert Kirk, pai de Charlie Kirk

Durante a adolescência, decidiu dedicar parte do seu tempo aos escoteiros e praticava vários desportos. Na escola, não tinha medo de enfrentar os professores e todos os colegas que tinham ideias diferentes das suas. Ouvidos pelo jornal Politico, muitos descreveram-no como tendo um “complexo de superioridade”. Até uma das suas melhores amigas na altura — que era conservadora —, Maria Krutikova, reconhece que Charlie Kirk podia ser arrogante e rude.

Era um jovem que procurava a sua tribo — e que não a encontrava. Na escola secundária de Wheeling, nos subúrbios de Illinois, vivia-se a febre Obama. Ser libertário ou conservador não era bem visto, numa altura em que também havia uma reconfiguração demográfica em Chicago, onde começaram a morar vários imigrantes latino-americanos. Charlie Kirk reagia a este ambiente liberal com o qual convivia todos os dias com uma retórica confrontacional e provocadora. Aos 14 anos, classificou o antigo Presidente democrata — um ídolo para muitos da sua idade — como a “desgraça nacional”.

Explicou mais tarde que essas críticas a Barack Obama provocavam muitas reações na escola onde andava: “Eles veneravam o tipo que eu conheci como o pior ser humano à face da Terra. Isso dava-me muita satisfação”. Ainda assim, Charlie Kirk não se ficou pelo ativismo estudantil e começou a perceber como é que poderia entrar no mundo político, sempre associado ao Partido Republicano. A primeira tentativa foi em jeito de brincadeira: apoiou a candidatura a senador do republicano Mark Kirk, apenas porque partilhavam o apelido.

Quando tinha 18 anos, Charlie Kirk também começou a gravar vídeos para o YouTube e ganhou reconhecimento pelo artigo que escreveu contra os manuais escolares com “viés liberal”, que lhe abriu portas em vários canais de televisão. O seu antigo treinador de futebol americano, Jim Golden, contou, em 2012, à imprensa local que sempre “viu algo especial” no jovem e que foi aí que entendeu que ele se tornaria alguém bastante famoso. “Sabia que ia ouvir o nome dele várias vezes no futuro. Ainda liguei a televisão há pouco tempo e lá estava ele.”

O nome do jovem começava a circular em vários meios mais conservadores. E houve quem reparasse nele e lhe abrisse novas portas: o ativista político Bill Montgomery. Na época, este empresário reformado pertencia ao Tea Party, a fação mais radical do Partido Republicano à altura, que partilhava ideias libertárias e populistas — e que iam ao encontro do que defendia Charlie Kirk.

Bill Montgomery tinha dinheiro, conhecimentos e influência junto dos republicanos. Serviu, assim, como uma espécie de mentor político de Charlie Kirk e aconselhou-o vivamente a entrar na política — e até a não ir para a universidade. O membro do Tea Party ficara cativado pela sua retórica e considerava que o jovem poderia ser a porta de entrada do Partido Republicano nas universidades e nas escolas, terrenos que, na década passada, eram bastante hostis a ideias mais à direita.

https://twitter.com/charliekirk11/status/1288158616130740224

Em 2012, os dois aliados fundaram a organização Turning Point USA — que seria um ponto de inflexão na política norte-americana. Charlie Kirk era o rosto, Bill Montgomery era o financiador. Ainda que o empresário tenha dado um grande impulso inicial, cedo vários republicanos se juntaram à associação, como o estratega republicano Michael Biundo.À revista Time, recordou que o jovem sempre “adorou o desafio de mudar os corações e as mentes da juventude”.

De acordo com Biundo, Charlie Kirk desejava mudar as convicções dos mais jovens e persuadi-los com “políticas e princípios conservadores”. “Ele levou esta batalha para as universidades, tanto com palavras, como pela forma como debatia”. Acima de tudo, queria combater o que considerava ser o viés liberal e do Partido Democrata entre os mais novos.

Com vários financiadores republicanos e uma organização montada, o jovem admirador de Ronald Reagan começou uma digressão por várias universidades e tentava persuadi-los com os ideais da direita mais radical. Era habitual ir propositadamente a faculdades em estados mais democratas. Charlie Kirk reconheceu que muitas vezes “não tinha ideia do que estava a fazer”, mas o seu movimento rapidamente ganhou tração. E, como escreveu o Politico, o adolescente visto como “arrogante” pelos colegas finalmente encontrara a sua tribo: “Homens velhos com dinheiro”.

Kirk nem sempre apoiou Trump. Mas depois quase se tornou num membro da família

À medida que os anos foram passando, Charlie Kirk foi ganhando reconhecimento. Começou a interagir com vários republicanos, era convidado para ir a vários eventos, aparecia frequentemente em canais de televisão e somava visualizações nas redes sociais. Na preparação para as presidenciais de 2016, uma oportunidade para o Partido Republicano regressar ao poder e derrubar a hegemonia dos democratas, o jovem também desempenhou um papel — e inicialmente não ao lado de Donald Trump.

Charlie Kirk começou por apoiar as candidaturas nas primárias republicanas de 2016 de Scott Walker, ex-governador do Wisconsin, e depois a de Ted Cruz, o atual senador do Texas e que era o principal rival de Donald Trump. Apenas quando a vitória do magnata nova-iorquino se tornou inevitável é que o jovem orador declarou apoio ao atual Presidente, ainda que com alguma desconfiança.

Mesmo que não tivesse estado ao lado de Donald Trump desde o primeiro minuto nas primárias, a notoriedade de Charlie Kirk nos círculos conservadores mais jovens não passou despercebida à campanha do magnata e do apresentador do programa de televisão The Apprentice. Durante a campanha, Donald Trump Jr., o filho mais velho do atual Presidente,contratou-o como seu assistente.

Este momento foi o início da ligação entre Donald Trump e Charlie Kirk. Um laço que nunca mais foi quebrado. Quando o magnata chegou à Casa Branca, o antigo admirador de Ronald Reagan com ideias libertárias mudou a sua ideologia política. Abraçou o estilo populista e cáustico do trumpismo, envergando bandeiras das quais nunca tinha dado grande atenção antes, como a redução da imigração, a construção do muro com a fronteira no México e a aplicação de tarifas a países estrangeiros.

Confrontado com esta mudança de opinião pública assim que Donald Trump venceu as eleições, Charlie Kirk recusou tratar-se de uma “metamorfose”, mas sim da nova fase de uma “viagem”. Certo é que o jovem se transformou num dos apoiantes mais vocais do Presidente norte-americano, defendendo-o durante os debates nas universidades e nas suas redes sociais. O libertário provocador deu lugar ao conservador populista, adotando o estilo do trumpismo.

Entre a família Trump, Charlie Kirk ganhou um grande respeito e amizade. Esta quarta-feira, após a sua morte, Donald Trump Jr. escreveu no X que Kirk “não era apenas um amigo — era como se fosse um irmão mais novo” para ele. Já Eric Trump lembrou-o como um “patriota incrível — corajoso, duro e um grande amigo para a nossa família inteira”.

https://twitter.com/DonaldJTrumpJr/status/1965913961179557981

Por sua vez, o marido de Ivanka Trump, Jared Kushner, deixou uma homenagem nas redes sociais ao “amigo próximo e a um ser humano especial”. Mas foi além disso. O genro do Presidente norte-americano recordou que Charlie Kirk “desempenhou um papel significativo na campanha presidencial de 2016, ao construir e fortalecer o movimento MAGA”. “Para mim, representava o melhor do MAGA. Firme nas suas convicções, compadecido e curioso.”

A figura de proa do MAGA que tornou o conservadorismo “fixe”

Tal como Jared Kushner sublinhou na mensagem nas redes sociais, Charlie Kirk desempenhou um papel fundamental no movimento MAGA. Em termos demográficos, foi essencial para cativar o voto dos mais jovens. Quando surgiu, o trumpismo era bastante mais popular entre os mais velhos do que entre os millenials e a Geração Z, bastante progressistas e mais alinhados com os democratas.

Contudo, o ativista político nunca desistiu da missão de seduzir os mais novos para o movimento de Donald Trump. Os seus comentários controversos e o seu estilo provocador, juntamente com algoritmos nas redes sociais que privilegiam este tipo de conteúdo, fizeram com que se tornasse uma figura carismática, conhecida por praticamente todos os norte-americanos na casa entre os 12 e os 35 anos. A sua mensagem ressoava particularmente bem entre os rapazes daquela faixa etária.

“Toda a gente sentia que conhecia Charlie Kirk, mesmo que não gostassem dele”, resumiu a jornalista conservadora Emily Jashinsky, em declarações citadas pelo Washington Post. Essa fama converteu-o numa figura muito importante e respeitada dentro do movimento Make America Great Again, que recebeu com um misto de choque e revolta a notícia da sua morte.

Em declarações à Fox News, Ted Cruz resumiu a importância política do ativista dentro do MAGA: “Uma das coisas em que o Charlie era muito talentoso era que ele conseguia passar a ideia de que ser conservador era fixe. Tornou fixe acreditar nas liberdades individuais. Tornou fixe lutar pela Constituição. Tornou fixe acreditar na América. Ele tinha um grande talento a fazer isso e esse talento vai continuar a produzir resultados”.

Nas eleições presidenciais de 2024, a sua influência foi fundamental para que Donald Trump aumentasse o número de votos entre os mais jovens, em particular os do sexo masculino. Em 2020, Joe Biden obteve 58% dos votos entre os jovens dos 18 aos 24 anos contra 41% do rival republicano ; em 2024, o atual Presidente conseguiu obter 56% contra 42% de Kamala Harris.

"Uma das coisas em que o Charlie era muito talentoso era que ele conseguia passar a ideia de que ser conservador era fixe."
Ted Cruz, senador da Florida e aliado de Charlie Kirk

O sucesso político foi tanto que, depois das eleições presidenciais, Charlie Kirk fazia já consultoria na Casa Branca e trabalhava como estratega para os republicanos. Nas eleições intercalares de 2026, o ativista já estava a preparar terreno para apoiar alguns nomes na corrida ao Congresso. O homem que foi um dia apenas um ativista transformou-se em alguém que tinha uma grande influência na base eleitoral do trumpismo — e muitos membros do Partido Republicano davam tudo para serem vistos ao lado de alguém com tanto sucesso.

Ainda recentemente, numa missão mais ambiciosa, Charlie Kirk queria levar a sua mensagem política além das fronteiras dos Estados Unidos. “O fenómeno de jovens, particularmente homens, que se tornam conservadores está a ocorrer simultaneamente em vários continentes. Não é algo único nos Estados Unidos e é por isso que merece mais atenção”, afirmou, indicando que a primeira paragem desta nova digressão seria a Coreia do Sul.

As polémicas de Charlie Kirk e o papel da religião na vida do ativista

Uma elevada presença mediática, o estilo aguerrido nos debates nas universidades, vídeos que viralizavam e opiniões controversas. A estratégia política de Charlie Kirk resultava, mas polarizava — e isso fez com que ganhasse uma lista de inimigos considerável. O jovem seguiu, contudo, a tendência da maior parte do Partido Republicano que, sob a orientação de Donald Trump, se foi radicalizando.

https://www.youtube.com/watch?v=LFSeqT9iJWU

Durante as suas intervenções públicas, Charlie Kirk difundiu várias vezes informações falsas ou enganosasdesde que isso fosse útil para a concretização dos seus objetivos políticos. Por exemplo, em 2019, chegou a dizer que, durante os protestos dos coletes amarelos em França, os manifestantes em Paris gritavam que “queriam Trump”, algo que nunca aconteceu.

Na pandemia de Covid-19, à semelhança do que fez o Presidente da altura, o ativista duvidou da eficácia das vacinas e criticou duramente as medidas restritivas em vigor. Apelou mesmo a “restrições pacíficas” contra os confinamentos que estavam em vigor, difundindo várias teorias de conspiração sobre o assunto.

Quando Donald Trump perdeu as eleições em 2020, Charlie Kirk também difundiu desinformação sobre a vitória de Joe Biden, insistindo na tese de fraude eleitoral. O ativista organizou mesmo o envio de autocarros com estudantes para as manifestações do 6 de Janeiro, que terminaram com a invasão do Capitólio.

É mais ou menos por altura da pandemia que a religião ganha também grande importância na vida de Kirk. O jovem que mantinha uma postura secular durante a sua adolescência passou a ser devoto das crenças dos evangélicos, algo que acabava por inspirá-lo fortemente na sua ideologia política. À semelhança de muitos apoiantes de Donald Trump, o ativista defendia que os Estados Unidos são um “Estado cristão” e que existe um “batalha espiritual” a decorrer no Ocidente. Aliás, até chegou a criar a organização Turning Point Faith — que procurava cativar jovens evangélicos a juntarem-se à política.

No seu caminho religioso, a sua atual mulher, Erika Frantzve, antiga Miss Arizona, teve uma grande importância, já que também é evangélica. O casal conheceu-se em 2018 e o primeiro encontro ocorreu num restaurante em Nova Iorque, como lembrou a antiga modelo. “Tivemos conversas profundas sobre teologia, filosofia e política. No final, olhaste para mim e disseste ‘vou namorar contigo’. Que Deus escreva o nosso caminho”, escreveu a agora podcaster nas redes sociais em 2023. O casal teve a primeira filha, Sarah Rose, em 2021. Dois anos depois, nasceu um rapaz.

Sempre alinhado com Trump, mas havia assuntos em que não estavam sempre de acordo

Por causa da ligação à igreja evangélica, Charlie Kirk era também um forte defensor do Estado de Israel, ainda que recentemente tivesse criticado a operação militar em Gaza. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, escreveu uma homenagem no X, dizendo que o ativista era um “grande amigo de Israel”: “Perdemos um ser humano incrível”.

O ativista influenciava a base eleitoral e o MAGA a adotar posicionamentos pró-Israel, mesmo que também defendesse a postura America First e políticas isolacionistas da administração Trump. Contrariamente à guerra em Gaza, na Ucrânia Charlie Kirk difundia propaganda russa, acusando o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de “declarar guerra ao povo russo” e considerando que a Crimeia deveria ser reconhecida como russa, como “gesto de boa vontade” ao Kremlin.

Na Ucrânia, o posicionamento era ligeiramente diferente ao adotado pela administração Trump, mas as diferenças não são substanciais. Havia, contudo, outros assuntos em que Charlie Kirk chegou a deixar tímidas críticas à presidência norte-americana. Por exemplo, o ativista chegou a criticar que os ficheiros do caso de pedofilia Epstein não fossem revelados ao público na íntegra, ainda que depois tenha diminuído as críticas e tenha afirmado que mantém a confiança em Donald Trump neste assunto.

https://observador.pt/2025/09/11/o-que-se-sabe-e-falta-saber-sobre-a-morte-de-charlie-kirk/

No geral, a convergência era quase total e as críticas à presidência norte-americana raramente eram públicas. Mesmo que tivesse começado por apoiar outros republicanos em 2016, Charlie Kirk converteu-se num produto e num símbolo da vitória do trumpismo. É talvez por isso que muitos membros do MAGA e da família Trump sentem a morte do ativista como algo tão pessoal e doloroso.