O golo mais rápido que Espanha já marcou num Campeonato da Europa. A desvantagem por dois golos mais rápida de sempre num Campeonato da Europa. Dois golos sofridos nos primeiros oito minutos pela terceira vez nos últimos cinco jogos. A maior diferença de golos ao intervalo na história do Campeonato da Europa. A sexta derrota seguida, o quarto jogo sem marcar. Os registos negativos de Portugal na jornada inaugural do Europeu feminino são longos, dolorosos e acumulam-se — o que ajuda a explicar a goleada sofrida contra Espanha.
https://observador.pt/2025/07/03/os-sonhos-nao-sao-de-graca-para-os-cumprir-e-preciso-muito-mais-do-que-sonhar-a-cronica-do-espanha-portugal/
No arranque do Grupo B, Portugal mostrou que está a anos-luz da campeã mundial e somou a primeira derrota, complicando o sonho de superar a fase de grupos de uma grande competição pela primeira vez. A equipa de Francisco Neto não foi competitiva, capitulou na primeira parte e ainda teve a displicência de sofrer um quinto golo nos descontos, numa altura em que Espanha já parecia trocar a bola apenas para esperar pelo apito final.
“Não fizemos uma boa primeira parte, entrámos receosos e com respeito a mais. Não conseguimos entrar com os níveis de intensidade e a culpa é minha porque não desbloqueei as jogadoras. As coisas tornaram-se mais complicadas. Corrigimos ao intervalo e conseguimos controlar melhor as roturas e os ‘timings’ de pressão. Conseguimos sair mais em contra-ataque e criar mais oportunidades. A vitória de Espanha é indiscutível, mas o resultado é pesado pelo que fizemos na segunda parte”, disse o selecionador nacional depois do jogo.
https://twitter.com/playmaker_PT/status/1940855910357758234
https://twitter.com/playmaker_PT/status/1940857294801043818
Portugal igualou a maior derrota que sofreu numa fase final de uma grande competição, também um 5-0 contra a Suécia no Euro 2022, e manteve a tradição de nunca ganhar no arranque de um Europeu ou Mundial. “Faltou-nos ‘timing’ de chegada à bola e controlo das situações de profundidade para poder ter duelos. Chegámos sempre atrasados e fomos demasiado receosos. Tivemos dificuldade para fazer duelos. Melhorámos na segunda parte e conseguimos corrigir algumas situações depois. Acabámos por ter duas oportunidades de golo, não concretizámos”, continuou Francisco Neto.
“Temos de dar o passo em frente na organização defensiva. Mas é muito difícil quando passas muito tempo a defender e a frescura não é muita. Mérito da Espanha e agora é pensar em Itália. Acredito que podemos ter uma luta a três, temos de conseguir pontos nos dois primeiros jogos. Continuamos a depender de nós e é dar os parabéns aos portugueses. Dentro de campo fomos inferiores, fora dele vencemos por goleada”, terminou, antecipando desde já o confronto com Itália, na próxima segunda-feira, a partir das 20h e em Genebra.
https://twitter.com/playmaker_PT/status/1940882942756053377