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(A) :: Vieira da Silva. "Estou disponível para apoiar Sampaio da Nóvoa"

Vieira da Silva. "Estou disponível para apoiar Sampaio da Nóvoa"

Em entrevista, José António Vieira da Silva considera que Seguro não tem condições para representar uma candidatura abrangente do centro-esquerda e desafia Sampaio da Nóvoa a entrar na corrida.

Mariana Lima Cunha
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Miguel Santos Carrapatoso
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Miguel Viterbo Dias
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Rita Tavares
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Antigo deputado, ex-secretário de Estado, três vezes ministro, mais de três décadas de cargos políticos em nome do PS. E uma certeza: António José Seguro não é o homem certo para representar o partido nas próximas eleições presidenciais. “Não penso que tivesse boas condições para desempenhar o cargo, nem que seja uma personalidade com características e com percurso político aconselhável para umas eleições presidenciais”.

Em entrevista ao Observador, no programa Vichyssoise, José António Vieira da Silva aproveita, aliás, para apontar o dedo àqueles que, no Partido Socialista, estão a tentar dar por encerrada a discussão presidencial em torno de António José Seguro e fiquem “muito incomodados” com as críticas que são feitas ao antigo secretário-geral. “Pergunto à maioria das pessoas: alguém acha que a candidatura que está no terreno vale mais que o PS? Eu acho que vale menos que o PS.”

Sem grandes reservas, e tal como já fez Eduardo Ferro Rodrigues, por exemplo, o antigo ministro defende abertamente a candidatura de António Sampaio da Nóvoa, ainda que faça sempre depender do próprio qualquer decisão nesse sentido. “Gostaria que ele desse esse passo em frente, estou disponível para o apoiar. Claro que já não sou um militante ativo, estou aposentado, mas não deixo de ter as minhas opiniões e ficaria satisfeito se ele pudesse avançar.”

Vieira da Silva fala ainda sobre José Luís Carneiro, aconselhando o atual líder socialista. “Se tiver receio [da oposição interna] está a cometer um erro. Acho que se José Luís Carneiro gastar tempo demais com essas preocupações, está a perder tempo. E o meu conselho – já lho dei – é que esqueça.”

“Ficaria satisfeito se Sampaio da Nóvoa avançasse”

Augusto Santos Silva, soubemos esta semana, não se considera capaz de agregar à esquerda e por isso não vai ser candidato presidencial, mas disse que é preciso uma “candidatura de uma personalidade independente, oriunda da sociedade civil”. Concorda que o centro-esquerda continua órfão de um candidato?
Concordo muito com a análise que Augusto Santos Silva fez. Estamos perante umas eleições presidenciais de enorme importância. O próximo Presidente vai ter um papel significativo. Estamos perante um conjunto de candidatos que dificilmente se pode dizer que representem com qualidade dos vários quadrantes das sensibilidades políticas e sociais em Portugal. Imaginem um jogo de futebol em que as equipas vão com suplentes, não põe os principais jogadores em campo. Quando olhamos para as candidaturas presidenciais, em nenhuma das áreas – e não creio que o Almirante mantenha durante muito tempo a posição de liderança – se considerará que os candidatos são do melhor. Isso também acontece no centro-esquerda — o que é mais importante porque está a viver um processo recessivo e depressivo acompanhado pelo crescimento da extrema-direita. E, portanto, é importante uma candidatura que una o centro-esquerda, que represente mais do que os partidos, todos aqueles que estão preocupados com o avanço da extrema-direita e com a defesa da democracia.

António Sampaio da Nóvoa encaixaria nesse perfil?
As presidenciais são sempre resultado de escolhas individuais. Na minha opinião, sim. Já o apoiei há 10 anos, teve um bom desempenho eleitoral, num contexto muito difícil e com o aparecimento de alguém com responsabilidades e com percurso no PS. Dependerá dele. Gostaria que desse esse passo em frente. Estou disponível para o apoiar. Claro que já não sou um militante ativo, estou aposentado, mas não deixo de ter as minhas opiniões e ficaria satisfeito se ele pudesse avançar.

E se avançar, o PS devia prestar-lhe apoio quando tem um antigo líder em campo e correr às presidenciais?
Há 10 anos creio que tinha uma antiga presidente do partido.

Mas não apoiou ninguém o PS nessas eleições
O PS já teve todas as situações em termos presidenciais. Mário Soares congelou o seu lugar porque não queria apoiar Ramalho Eanes. Depois tivemos Soares contra Zenha, a luta entre irmãos políticos. Depois tivemos Alegre contra Soares. Já tivemos de tudo. Agora parece que há camaradas meus, que, de uma forma, aliás, um pouco grosseira, criticaram Augusto Santos Silva por ele ter tido esta posição. Custa muito aceitar que alguém faça críticas ou se mostre incomodado por haver quem considere que a candidatura de um ex-secretário-geral do PS, que saiu da vida partidária por ter perdido umas eleições internas, não pode ser criticado, não pode ser avaliado. Pergunto à maioria das pessoas: alguém acha que a candidatura que está no terreno vale mais que o PS? Eu acho que vale menos que o PS, mas posso estar enganado. Vamos ver.

Era melhor o PS não apoiar ninguém e perder por falta de comparência nas presidenciais do que perder efetivamente nos votos nessas eleições?
O não apoiar ninguém não é um exclusivo do PS. O próprio PSD já teve posições próximas dessas. Acho natural que em eleições que são de natureza eminentemente pessoal, haja momentos em que os militantes têm o seu direito de escolha. E mesmo que os partidos indiquem um sentido de voto, ninguém é dono dos militantes. Há alguém que pense que por ter mais concelhias de um partido, mais federações, mais distritais, mais notáveis, é dono dos votos dos portugueses está muito enganado. Muita coisa se passará e os candidatos que se apresentarem vão ser duramente testados. É muito precoce dizer que este já está na segunda volta, aquele já perdeu, aquele já ganhou. Tenhamos calma. O que me parece a mim negativo, e tenho que o dizer com mágoa e com tristeza, é que tudo se tenha passado com alguma opacidade.

Está a falar do PS?
Sim. O PS decidiu que as presidenciais se discutem em outubro… Não há discussão sobre presidenciais em outubro. Em outubro, como já ouvi apoiantes de António José Seguro dizer, está tudo decidido. Na prática, estão a dizer não vamos discutir as presidenciais. Com que argumento? As autárquicas. Mas alguém acredita que algum resultado eleitoral nas autárquicas dependeria de haver um processo mínimo de debate interno sobre a situação política atual e as prioridades do partido também na área presidencial? Eu não acredito. Acho que empobreceu o PS. Às tantas, parece que se transformou numa espécie de rede social. Cada um escreve as suas mensagens, os seus posts, mas debate político não tem havido. Digo com tristeza.

Já vai ser tarde para haver mais um candidato alternativo na esquerda?
Cedo não é. Possível? É possível.

"As presidenciais são sempre resultado de escolhas individuais. Na minha opinião, sim. Já o apoiei há 10 anos, teve um bom desempenho eleitoral, num contexto muito difícil e com o aparecimento de alguém com responsabilidades e com percurso no PS. Dependerá de António Sampaio da Nóvoa. Gostaria que desse esse passo em frente. Estou disponível para o apoiar. Claro que já não sou um militante ativo, estou aposentado, mas não deixo de ter as minhas opiniões e ficaria satisfeito se ele pudesse avançar"

“O país conta mais do que supostas lealdades partidárias”

Qual é que é, afinal, o problema de António José Seguro para que alguém que nem sequer é do PS, como Sampaio da Nóvoa, possa parecer melhor candidato?
Sempre tive relações cordiais com António José Seguro. Mas penso que António José Seguro tivesse boas condições para desempenhar outros cargos, nem que seja uma personalidade com características e com percurso político aconselhável para umas eleições presidenciais. Só isso. E acho que o país conta mais do que supostas lealdades partidárias. Sou muito a favor da democracia de partidos. E, ao contrário do que muitos disseram, e que foi muito célebre aqui há uns anos atrás, vender candidatos não é vender sabonetes.

Tendo em conta o mapa político que saiu das legislativas e o crescimento da direita, o PS não ganha em apoiar o candidato que possa ter maior facilidade em entrar ao centro e em conquistar eleitores de centro?
Sim, sem dúvida.

E não teme que António Sampaio da Nóvoa possa não cumprir esse objetivo. face a António José Seguro?
Não, não temo.

Ou seja, acha que António Sampaio da Nóvoa tem mais facilidade até do que o António Seguro em chamar os eleitores de centro?
Nesse aspeto, não sei se terá mais. Noutras dimensões do eleitorado, acho que sim.

Acha que de qualquer das formas terá mais abrangência?
Acho que sim. Será mais abrangente.

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José Luís Carneiro está empurrar com a barriga a reflexão sobre o resultado das legislativas e o debate sobre presidenciais para evitar potenciais problemas internos?
Não faço esse juízo. Acho que optou de forma excessivamente rápida [pelas eleições internas]. Mas acho obviamente que teria todas as condições para ser um bom candidato interno. Porque teve a coragem, que outros não tiveram, de, numa eleição que parecia praticamente decidida, ir contra a tal tendência da máquina partidária. Curiosamente, alguns dos seus mais entusiásticos apoiantes de agora estiveram com Pedro Nuno de Santos. Mas isso é a vida política. Às vezes, choca um bocadinho. No primeiro debate que houve depois da demissão de António Costa, eu disse que o que estava em causa, naquele momento, era garantir a autonomia estratégica do PS. E esse foi um ponto muito forte da candidatura de José Luís Carneiro, a coragem foi ter assumido que era preciso ter esse debate. Isso deu-lhe vantagem quando se tratou de substituir Pedro Nuno Santos.

Deu-lhe crédito para agora poder avançar.
Sem dúvida. Acho que dificilmente alguém teria condições de vencer eleições a José Luís Carneiro, mas teria sido vantajoso o debate. Compreendo porque é que não foi feito. As eleições autárquicas são extremamente importantes e, como alguém dizia, seria muito desagradável estar a ver um candidato a uma Câmara apoiar um e um candidato a uma Junta do mesmo município apoiar outro. Seria desagradável. Portanto, compreendo porque é que não foi feito, mas seria vantajoso que houvesse um debate político sobre o caminho do PS.

Nas diretas do PS, em 2023, foi um elemento muito presente ao lado de José Luís Carneiro contra Pedro Nuno Santos; nas legislativasm esteve ao lado de Pedro Nunes Santos em campanha. O PS teve a pior derrota de sempre. Tinha razão quando achou que Pedro Nuno Santos não daria um bom líder para o PS?
Eu não apoiei o Pedro Nuno Santos, nunca o escondi, ele sabe. E não deixei de manter essa posição. Por exemplo, critiquei-o por ter feito uma espécie de reprimenda aos comentadores quem exprimiam opiniões diferentes. Disse isso numa comissão política e acho que fui o único. Quanto às legislativas, achei que o comportamento do líder do PSD e atual primeiro-ministro foi inaceitável em termos democráticos. Por isso, o que me pedissem eu faria.

Mas acha que Pedro Nuno Santos também não deveria ter deixado chegar à situação de irmos para as eleições?
Agora é fácil dizer que sim. Claro que ninguém sabe o que é que aconteceria. O que aconteceria é que teríamos tido uma comissão de inquérito, durante não se sabe quanto tempo, com o risco de degradar ainda mais a qualidade da vida política em Portugal… Não sei dizer isso.

E para onde é que deve caminhar agora o PS para se salvar deste crescimento do Chega?
O PS não pode recuperar a sua posição de central no processo político português se se limitar a dizer generalidades. Se disser coisas como “é preciso que a economia cresça”. Isso é sempre verdade. O PS tem que ter a sua resposta para o principal problema político das democracias na Europa que é o crescimento da extrema-direita. Depois, diria que o PS tem de revisitar uma questão fundamental que é a social-democracia e a relação entre o coletivo e o individual. A relação entre o Estado e o mercado. A relação entre a liberdade individual e a liberdade coletiva. Tem que revisitar, não pondo em causa a sua história.

Falou da necessidade da reflexão ser rápida. O PS corre aqui um risco grande nas autárquicas de voltar a perder terreno para o Chega. Se isso acontecer, o que é que isso pode implicar na liderança de José Luís Carneiro?
Começando pelo fim: não implica nada. Ninguém pode acusar José Luís Carneiro de ter qualquer influência no resultado das autárquicas. É como é. E creio que o risco não é tanto para o Partido Socialista, é para o sistema democrático. Até agora, as forças relativamente marginais do sistema político tradicional têm tido dificuldade em penetrar no terreno autárquico. O Bloco de Esquerda, mesmo nos seus melhores momentos, nunca teve representação autárquica de relevo. Agora a situação é diferente. Alguns até poderão pensar: “Bom, se o Chega a crescer, até vai retirar Câmaras ou diminuir o impacto do voto do centro-direita”. Não fico satisfeito com isso.

"Sempre que o centro-direita ou o centro tentou integrar nas suas propostas políticas a extrema-direita, acabou integrado pela extrema-direita. Não quero ser profeta das desgraças, mas acaba mal. Portanto, essa demarcação tem que ser feita. O PSD tem que dizer ao que vem. E o populismo que ameaça a Europa é o da extrema-direita"

“Perguntem a Seguro se não tinha um sótão”

Há um núcleo no PS, onde se contam Fernando Medina, Mariana Vieira da Silva e Duarte Cordeiro, que parece estar a fazer alguma marcação ao novo líder e a preparar terreno para o futuro. José Luís Carneiro é um líder a prazo? Pode nem disputar as próximas legislativas?
Depende muito deste Governo. Na minha opinião, é um Governo medíocre. Começando pelo primeiro-ministro. Mas não, não acho que vá haver nenhuma situação que leve a uma mudança na liderança do PS nos próximos anos.

Não existe nenhum sótão, como que Guterres usou contra Soares, onde se conspire contra José Luís Carneiro?
Os sótãos agora já estão ocupados pela habitação, portanto é mais difícil que isso aconteça. Mas perguntem o que é que António José Seguro esteve a fazer durante os anos em que era cabeça de lista em Braga pelo Partido Socialista. Não tinha um sótão? E o PS teve maioria absoluta. Não é muito relevante. É natural que as pessoas que pensam as mesmas coisas se encontrem e troquem impressões. Não parece que haja nenhuma vontade de alguém acelerar o processo interno. Considero isso altamente improvável.

Porque é que José Luís Carneiro aparece sempre tão preocupado com isso? Tem feito avisos sobre as “tentações para ajustes de contas” que possam existir. Corre o risco de passar o tempo a olhar por cima do ombro no partido?
Espero que não. Mas há aqui duas interpretações: uma é que ele está a fazer os recados para dentro dos seus apoiantes, que são os mais vocais nos tais ajustes de contas; a outra é que ele tem a receio, de facto. E se tiver receio está a cometer um erro.

Está a falar de que apoiantes? Sérgio Sousa Pinto, Francisco Assis…?
Não gosto muito de identificar pessoas, mas são, basicamente, alguns desses que citaram. Curiosamente apoiaram Pedro Nuno Santos há pouco tempo, dizendo que era preciso uma profunda renovação de protagonistas. Bom, agora vão ser eles protagonistas. Não sei se isso se enquadra na renovação, mas, como diria António Guterres, é a vida. Acho que se José Luís Carneiro gastar tempo demais com essas preocupações, está a perder tempo. E o meu conselho – já lho dei – é que esqueça isso. Esqueça isso e vá. Há duas coisas que um líder nesta situação tem que recusar: diabolizar qualquer posição diferente; e ter uma atração absoluta pela unanimidade. Um partido que sofreu o que o PS sofreu não pode ambicionar a unanimidade. Tem de admitir que há leituras diferentes. E isso não é um mal, é um bem. Portanto, se eu tivesse que dar algum conselho a José Luís Caneiro é: não procure a união de todos os socialistas porque isso é muito difícil. Mas também não questione a liberdade das minorias. Porque isso raramente aconteceu no PS.

José Luís Carneiro tem falado em consensos alargados. O caminho do PS deve colar-se ao PSD nos próximos anos. Não corre aqui um risco de perder um espaço como alternativa de poder ao PSD?
O PS não tem que circular ao centro-direita. Tem que criticar de forma dura aquela espécie de relativismo em que o PSD entrou: estamos aqui para dialogar com todos, seja a extrema-direita, seja a esquerda, tanto nos faz. É quem quiser. A experiência histórica mostra que isso acaba mal. Sempre que o centro-direita ou o centro tentou integrar nas suas propostas políticas a extrema-direita, acabou integrado pela extrema-direita. Não quero ser profeta das desgraças, mas acaba mal. Portanto, essa demarcação tem que ser feita. O PSD tem que dizer ao que vem. E o populismo que ameaça a Europa é o da extrema-direita. Depois, acho que a questão dos consensos é uma questão que tem de ser ultrapassada: o PS tem de reconhecer, o PSD tem direito de governar. Quando não há nenhuma alternativa diferente no Parlamento, deixar governar é um princípio democrático. Agora, quer isto dizer que o PS deve tentar encontrar compromisso em todas as áreas de governação? Isso seria um disparate.

Mas o partido não está demasiado focado nisso?
Tem tido algumas intervenções em que parece que isso acontece. Ultimamente, acho que tem vindo a corrigir. Se me disserem que são as questões da defesa, as questões das relações externas, aí deve-se procurar consensos de regime. E é com o PSD, principalmente. Agora, nas áreas da saúde, da proteção social, da educação, há que salientar as diferenças. Se elas não existirem aqui ou acolá, muito bem, mas há que salientar que são visões diferentes.

"Um partido que sofreu o que o PS sofreu não pode ambicionar a unanimidade. Tem de admitir que há leituras diferentes. E isso não é um mal, é um bem. Portanto, se eu tivesse que dar algum conselho a José Luís Caneiro é: não procure a união de todos os socialistas porque isso é muito difícil. Mas também não questione a liberdade das minorias. Porque isso raramente aconteceu no PS"

“Almirante? Taparia a cara e votaria em Mendes”

Agora vamos para o bloco “Carne ou peixe” onde só pode escolher uma de duas opções. A primeira pergunta é que cara taparia para pôr a cozinha numa segunda volta das presidenciais: Luís Marques Mendes ou Henrique Gouveia Melo?
Luís Marques Mendes.

A quem gostava mais de servir a sua especialidade culinária vichyssoise? Luís Montenegro ou André Ventura?
Luís Montenegro. Suponho que ele prefira algo um pouco mais sólido, sei lá, um cozido à portuguesa, mas neste caso não me importava de o desafiar para isso.

Mais depressa, voltava a um secretariado nacional do PS liderado por Fernando Medina ou Duarte Cordeiro?
Não volto ao secretariado nacional, isso é uma impossibilidade, mas voltaria com qualquer deles.

Que rival no futebol preferia ter ao seu lado no estádio de Alvalade: Mário Centeno ou António Costa?
Ui, no estádio de futebol, naqueles 90 minutos, todos os adversários são igualmente mal. Enquanto aquele tempo dura, não falem comigo.