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96 simulações para o IRS em rendimentos entre 1.200 e 6.000 euros com proposta do Governo que vai a teste no Parlamento

Dos 1.200 aos 6.000 euros de salário mensal. A EY fez, a pedido do Observador, 96 simulações para a proposta do Governo de IRS que será discutida sexta-feira no Parlamento.

Alexandra Machado
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O Governo já avançou com a sua proposta para baixar novamente este ano o IRS e, com base nas simulações pedida pelo Observador à consulta EY, se for aprovada como chegou ao Parlamento, vai permitir dar um novo impulso no rendimento anualizado por via do menor imposto a pagar.

Os ganhos anuais no rendimento líquido variam consoante os salários mensais. Mas irá permitir um ganho, face ao que está em vigor, de mais do dobro, em alguns casos substancialmente mais.

O Observador pediu à EY simulações para vários casos de contribuintes e em quase todos o rendimento líquido anual com a nova proposta de IRS (do Governo) em comparação com o IRS de 2024 sobe perto de 100 euros. Isso só não acontece a quem tenha um rendimento mensal de 1.200 euros e seja casado sem filhos, casado com um, dois ou três filhos. Em todas as restantes simulações o rendimento anual sobe mais de 100 euros. Nos salários mais altos esses 100 euros são triplicados ou até quadruplicados.

A proposta do Governo para o IRS de 2025 vai ser discutida esta sexta-feira no Parlamento, tendo o PS garantido já, pelo menos, a sua abstenção. José Luís Carneiro, recém-eleito líder dos socialistas, declarou que o PS se irá abster ou mesmo votar a favor na generalidade para que o diploma do Governo possa descer à especialidade. Aí admite até que possa sugerir alterações.  A abstenção dos seus 58 deputados é suficiente para fazer passar o diploma. O Chega, com 60 eleitos, já entregou a sua versão na qual pretende propor uma descida de maior expressão no quarto e quinto escalão, para entrar em vigor só em 2026. A IL informou que irá votar a favor da proposta do Governo.

O Governo entregou no Parlamento uma descida de IRS, contabilizada em 500 milhões de euros adicionais para 2025, e que implica descidas das taxas nos primeiros oito escalões (apenas o nono de 48% fica inalterado), pretendo fazer o ajustamento nas tabelas de retenção mensal depois de ser aprovada no Parlamento. A ideia de descer até ao oitavo escalão já tinha sido a do primeiro governo de Luís Montenegro que não ultrapassou a coligação negativa que se formou no Parlamento, tendo, então, vingado a proposta socialista que diminuiu o IRS até ao sexto escalão.  A proposta atual do Governo deixa as taxas em dois escalões mais altas do que a proposta que tinha feito em 2024 (é o caso do sexto e do sétimo escalão), no entanto como houve uma maior descida nos escalões imediatamente anteriores as taxas agora propostas resultam em taxas médias menores face à proposta de 2024.

Estas simulações da EY para o IRS de 2025, com base na proposta do Governo, diferem um pouco das do Governo, que incorporou nas suas simulações uma dedução de despesas gerais de 250 euros por contribuinte e de 700 euros para deduções à coleta. A EY não incorporou deduções à coleta nas suas simulações. Estas deduções variam muito de contribuinte para contribuinte.

Em todas as situações do agregado há simulações da EY para rendimentos mensais de 1.200, 1.400, 1.500, 1.750, 1.800, 2.000, 2.500, 3.000, 3.500, 4.000, 5.000 e 6.000 euros.

Para solteiros sem filhos

Para solteiros 1 filho

Para solteiro 2 filhos

Para casado (1 titular) sem filhos

Para casado 1 filho

Para casado 2 filhos

Para casado 3 filhos

Para pensionista