“O Ritual”
Todos os anos estreiam três ou quatro filmes sobre exorcismos e são todos descartáveis e iguais uns aos outros, bem como reminiscentes, em muito, muito menor, do clássico de William Friedkin O Exorcista, que estabeleceu a matriz para este subgénero do terror sobrenatural. O Ritual, de David Middel, também ele alegadamente baseado em “factos reais”, é um bocadinho melhor do que a média. Primeiro, porque o realizador está mais interessado do que é habitual no efeito perturbador, a nível físico, psicológico e espiritual, do exorcismo e da presença demoníaca a ele associado, sobre aqueles que o fazem e os que os ajudam; depois, porque é mais recatado e menos gráfico do que o costume nas sequências de exorcismo; e finalmente, pela presença de um bastante contido Al Pacino no papel do idoso e decidido frade exorcista.
https://www.youtube.com/watch?v=Y8zUTpO3JAo
“Mundo Jurássico: Renascimento”
Será que quando realizou Parque Jurássico há mais de 30 anos, em 1993, Steven Spielberg podia imaginar que os seus dinossauros (e de Michael Crichton, o autor do livro em que o filme se baseia) iriam transformar-se numa renda de longa duração para a Universal? Scarlett Johansson encabeça o elenco deste sétimo filme da série, e quarto do reboot Mundo Jurássico, no papel de uma especialista em operações secretas, Zora Bennett, que lidera uma expedição vital para recolher material genético das maiores criaturas pré-históricas da terra, do mar e do ar, nas quais reside a chave para uma descoberta médica revolucionária. Mas a operação complica-se por causa de uma família cujo barco foi destruído por dinossauros marinhos, e toda a gente acaba por ficar presa numa ilha e ameaçada pelos monstros de antanho.
https://www.youtube.com/watch?v=jan5CFWs9ic
“Comboio do Ártico”
O cinema norueguês continua a interessar-se pela II Guerra Mundial. Depois do filme Narvik e da série (também com versão para cinema) Marinheiro de Guerra, disponíveis na Netflix, temos agora Comboio do Ártico, realizado por Henrik Martin Dahlsbakken, que se passa em 1942, num dos cargueiros que faziam parte de um dos muitos comboios aliados que partiam de portos do Reino Unido, dos EUA e da Islândia, carregados de suprimentos e de material bélico para a URSS, que enfrentava a invasão alemã. Estes comboios eram implacavelmente atacados pelos navios, submarinos e aviões inimigos enquanto seguiam as rotas do Atlântico Norte ou do Ártico. Comboio do Ártico foi escolhido como filme da semana pelo Observador e pode ler a crítica aqui.