Para que não existisse qualquer tipo de possibilidade de haver mais confrontos entre jogadores e elementos de Fenerbahçe e Galatasaray depois do dérbi de Istambul no Sükrü Saracoglu, o forte dispositivo policial que estava montado fez uma divisão a meio-campo para que praticamente ninguém visse ninguém. Ou seja, havia polícia de choque à volta de todo o campo para acautelar qualquer tipo de invasão, dezenas de polícias na zona de acesso aos balneários e mais essa linha a meio-campo para fechar o dispositivo de segurança. Era à prova de bala? Não, nem por isso. E foi José Mourinho que o mostrou, envolvendo-se com o homólogo.
https://observador.pt/2025/04/02/tres-vermelhos-policia-em-campo-e-uma-aposta-que-saiu-furada-fenerbahce-de-mourinho-perde-derbi-e-fica-fora-da-taca/
Depois de ter estado particularmente calmo na zona técnica nos últimos minutos, altura em que os nervos ferveram mais a sério em campo com o jogo parado (o que obrigou mesmo à entrada de polícia em campo para separar elementos das duas equipas, com três vermelhos diretos mostrados pelo árbitro), o treinador português dirigiu-se a Okan Buruk furando a tal divisória e puxou o nariz do técnico adversário, que ainda tentou depois responder antes de cair no chão. Aliás, essa foi a primeira imagem que se viu da confusão, com o turco agarrado à cara sem que se percebesse o que se tinha passado. Depois, a repetição mostrou tudo.
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A imagem fez recordar um incidente que o técnico português tivera com o antigo treinador do Barcelona Tito Vilanova (falecido em 2014, vítima de um cancro) na Supertaça de Espanha de 2011/12, quando estava no Real Madrid. Aí, no seguimento de uma confusão iniciada num cartão vermelho direto a Marcelo por uma entrada dura junto à linha, o português puxou a orelha ao homólogo espanhol, sendo depois empurrado.
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O Fenerbahçe foi eliminado esta quarta-feira nos quartos da Taça da Turquia frente ao Galatasaray por 2-1, com o bis de Osimhen a fazer a diferença. Apesar dos ânimos tendencialmente mais exaltados, só mesmo na parte final do dérbi houve excessos (e muitos), primeiro numa discussão entre o avançado nigeriano e Mert Müldür e depois numa confusão com elementos dos dois bancos que levou à interrupção da partida tendo em conta a presença de muita polícia no relvado e junto ao túnel. Antes do reatamento foram exibidos três cartões vermelhos diretos, todos a jogadores que nessa altura estavam no banco de suplentes.
https://twitter.com/bbosports/status/1907667014828621993
“Não aconteceu nada comigo. Eu felicitei os árbitros. Ele [José Mourinho] também tinha ido felicitar os árbitros. Enquanto eu continuava, ele beliscou-me o nariz com a mão por trás. Fiquei com um ligeiro arranhão aqui. Claro que não é uma coisa simpática, não é uma coisa elegante. Mas queremos continuar no jogo desta forma. Queremos e esperamos especialmente que os treinadores se comportem de forma mais correta, mas não vou exagerar muito. Não foi uma coisa elegante. Acho que devíamos ter apertado as mãos antes e depois do jogo, mas infelizmente não aconteceu. Não é muito importante, não vou exagerar muito”, comentou depois no final da partida o treinador do Galatasaray, Okan Buruk. Já o clube, através das redes sociais, teve outra “posição”, fazendo uma animação com o técnico português num colete de forças com a frase “Vamos deixar-te louco”, já depois de outras duas publicações a provocar José Mourinho.