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(A) :: "O que está a acontecer é um genocídio político contra as forças de segurança", afirma André Ventura no Martim Moniz

"O que está a acontecer é um genocídio político contra as forças de segurança", afirma André Ventura no Martim Moniz

No Martim Moniz, líder do Chega criticou a reação dos restantes partidos e defendeu a operação policial de sexta-feira. A polícia é vítima de "genocídio político" e não deve ter medo, acrescentou.

Madalena Moreira
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André Ventura defendeu esta segunda-feira a operação policial levada a cabo no Martim Moniz, em Lisboa, na passada sexta-feira. O líder do Chega deslocou-se ao bairro para contactar com os moradores, onde criticou a condenação dos restantes partidos, acusando-os de estarem a levar a cabo “um genocídio político contra as forças de segurança”.

“Há uma parte do país que está com as forças de segurança e que compreende a importância destas operações onde há crime e imigração ilegal“, afirmou André Ventura, em declarações aos jornalistas, justificando a sua deslocação ao Martim Moniz com a necessidade de transmitir uma mensagem a esta parte da população.

Questionado sobre se esta solidariedade com a polícia não devia ser demonstrada através de uma visita a uma esquadra, o líder do Chega respondeu que não se vai “esconder numa esquadra” e que a presença no Martim Moniz é uma forma de mostrar que “não têm medo”. “Venho dizer aos moradores que os [habitantes] que estão ilegais devem voltar para a sua terra”, argumentou.

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Por oposição, deixou críticas aos restantes partidos, que também se deslocaram ao Martim Moniz nos últimos dias, com críticas à operação policial. “Não estamos  do lado do genocídio político que está a acontecer contra as forças de segurança”, atirou, criticando ainda, sem referir o seu nome, Pedro Nuno Santos por, na passada sexta-feira, ter almoçado com membros da comunidade do Bangladesh. “Não tenho nada contra a comunidade do Bangladesh, mas eu ponho os portugueses em primeiro lugar“, acrescentou.

Confrontado com os resultados da operação policial, André Ventura declarou que “tudo o que for apreendido, é positivo”. “Se foram apreendidos 7 bastões, são menos 7 bastões que vão ser utilizados para atacar a vida humana”, afirmou. Mas destacou que a “eficácia” da operação só poderá ser avaliada “daqui a um tempo”. “Acho que houve dissuasão”, avaliou.

Ainda assim, defendeu que a presença da polícia neste bairro — e nos restantes bairros de Portugal, em que identifica os mesmos “problemas de imigração” e criminalidade — devia ser mais extensa. “Com o Chega, as rondas seriam constantes”, garantiu.

O líder do Chega sublinhou ainda que o acesso de imigrantes ilegais “aos mesmos serviços de quem esta legal”, nomeadamente ao Serviço Nacional de Saúde, é “uma bandalheira total” e tem de ser regulado. Referiu-se especificamente à objeção de consciência avançada por centenas de médicos, ao dizer que “não compreende”.

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Na mesma intervenção, recusou que o facto de o governo da AD ter defendido a realização da operação policial, que também é apoiada pelo Chega, possa apagar politicamente o partido. André Ventura comparou a atual posição do Exectuivo de Luís Montenegro no combate à “imigração ilegal”, ao “tráfico de droga” e ao “tráfico de mulheres” a uma cópia da posição do Chega. “Com toda a humildade e todo o respeito, o original sou eu“, rematou.