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Processo Especial de Revitalização da dona da "Visão" e "Exame" não vai ser aprovado

Grupo Trust in News, dono de revistas como a "Visão" e a "Caras", comunicou aos trabalhadores que o Processo Especial de Revitalização não vai ser aprovado. PER tinha como objetivo evitar falência.

Cátia Rocha
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O Plano Especial de Revitalização (PER) da Trust in News (TIN), a dona de revistas como a Visão, Caras e Exame, não vai ser aprovado, de acordo com uma comunicação feita pela administração aos trabalhadores do grupo. A notícia foi avançada por meios como o Expresso e Público e confirmada pelo Observador.

“O tempo e as condições necessárias não se reuniram para se conseguir manter em dia todas as contribuições mensais para o Estado, desde 29 de maio de 2024, e os ordenados e os subsídios de todos os colaboradores”, é dito na comunicação. “Tudo foi sendo feito, todos os meses, para não atrasar muito cada uma das rubricas, mas a realidade é que não foi possível ter tudo em ordem, como bem sabem”, pode ler-se ainda.

A comunicação refere ainda que a “reestruturação interna está a mostrar-se correta e adequada, mas o tempo que leva a produzir efeitos é mais lento do que a queda de receitas da TIN”.

O grupo avançou no fim de maio com o PER para evitar a falência. A sociedade dizia na altura que o “instrumento de gestão foi pedido após uma análise cuidadosa da situação financeira, com o objetivo de garantir a sustentabilidade e estabilidade a curto e longo prazo”. Na altura, o grupo dizia estar “confiante de que esta decisão é a melhor para a TIN, neste momento, e também para todos os seus trabalhadores, colaboradores, fornecedores e credores”.

https://observador.pt/2024/05/28/trust-in-news-avanca-com-plano-especial-de-revitalizacao-para-evitar-falencia/

Na comunicação desta terça-feira, a administração revela ainda que está a analisar com os consultores “para decidir que medidas devem ser tomadas para a viabilização da empresa, que se mantém a operar normalmente”. O grupo indica que revelará mais informações sobre essas medidas “o mais depressa possível”.

O Jornal de Negócios detalhou em julho que a empresa tinha na altura uma dívida de 32,252 milhões de euros. A TIN devia 8,1 milhões de euros ao Fisco. Estes valores estavam acima da dívida de 29,9 milhões de euros comunicados no PER.